
Anúncios no YouTube: os segundos que irritam muitas pessoas
Sendo a maior plataforma de vídeos do mundo, o YouTube já se tornou uma ferramenta do quotidiano para muita gente há vários anos. Seja por diversão ou por questões profissionais, o facto é que as pessoas acedem ao site em busca de vídeos específicos e, cada vez mais, estão cansadas das propagandas. Diante deste cenário tão comum, a pergunta que fica é: Até que ponto vale a pena anunciar no YouTube?
O YouTube foi fundado por Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim, que eram funcionários da PayPal. Antes de trabalhar nessa empresa, Hurley estudou design na Indiana University of Pennsylvania, e Chen e Karim estudaram ciência da computação juntos na University of Illinois at Urbana-Champaign.
O domínio “youtube.com” foi ativado em 15 de fevereiro de 2005 e o site foi desenvolvido nos meses seguintes. Os criadores do site ofereceram uma visualização prévia do site ao público em Maio de 2005, seis meses antes do lançamento oficial. O primeiro vídeo do YouTube, intitulado Me At The Zoo e publicado em 23 de abril de 2005, mostra o co-fundador Jawed Karim no Jardim Zoológico de San Diego e ainda está disponível!
No dia 14 de Novembro de 2006, a empresa foi comprada pelo Google por 1 650 milhões de dólares em ações. O negócio entre Google e YouTube surgiu depois da plataforma de vídeos apresentar 3 acordos com empresas de comunicação numa tentativa de evitar processos sobre infração de direitos de autor.
A estratégia de anúncios no YouTube
Tal como outros sites e redes sociais, que inovam na hora de captar utilizadores, como as casas de apostas que aceitam Portugueses, também esta plataforma encontrou maneiras de atrair e reter as pessoas para ganhar dinheiro online. Mas nem sempre essas estratégias são totalmente compreendidas.
Uma das maneiras encontradas para monetizar o conteúdo (ganhar dinheiro), encontrada pelo Google foi colocar anúncios antes dos vídeos.
O resultado disso é um hábito que se tornou comum. As pessoas esperam até os cinco segundos ou até mais, exigidos pela página para clicar e “pular” aquela propaganda e depois sim ver aquilo que lhe interessa. Numa sociedade ansiosa a nível de desequilíbrio, os anúncios no YouTube tornam-se um tormento e os anunciantes perdem ao invés de ganharem.
Segundo o PhD, neurocientista e proprietário de uma empresa de assessoria e marketing Fabiano de Abreu, “as pessoas não focam no anúncio. Elas esperam o tempo passar para pular logo o anúncio e criam raiva pois acionam aquele vídeo na curiosidade vinculado a ansiedade de logo vê-lo. Então aquele anúncio aparece na frente motivando uma emoção negativa”, revela.
E este sentimento pode se reverter de forma contrária a quem avaliou que seria uma boa oportunidade de fazer negócio: “Esse sentimento negativo pode ser depositado na própria marca que está anunciando, fazendo o usuário passar a ter raiva daquela marca que anunciou naquele momento, prejudicando seu interesse comercial”.
Um detalhe que pode até afetar a qualificação daquele vídeo que não tem nada a ver com a publicidade que foi inserida, observa Fabiano: “Inclusive muitos dislikes do vídeo não é do vídeo em si, mas sim do anúncio que as pessoas com raiva não têm onde colocar e coloca essa desaprovação no vídeo da pessoa de forma impulsiva com a raiva do anúncio. Em uma sociedade em que as pessoas estão extremamente ansiosas, isso mostra mais uma vez esse descontrole”, lamenta o neurocientista.