Estudo indica que os portugueses ainda usam pouco as Lojas Online

As lojas online estão a crescer em Portugal: esta é uma verdade evidente e à qual não podemos escapar. Mas como é que os portugueses estão a reagir à crescente evolução do mundo do comércio eletrónico? Será que já usam as lojas online para fazer compras do dia? Quanto gastam em média todos os meses? Neste post é a estas perguntas (e a mais algumas) que pretendo responder, de forma a traçar uma radiografia à situação do e-commerce em Portugal.

De acordo com dados levantados recentemente pela Eurostat, apenas 31% dos portugueses fizeram compras online em 2015. Logo numa primeira análise, quando pomos estes números aos registados no Reino Unido, percebemos que ainda temos muito para crescer. No Reino Unido, a fatia de cidadãos a usar lojas online está estabelecida para 81%. E nem mesmo da média europeia se aproximam os valores de Portugal: a média da União Europeia está na ordem dos 53%.

Entretanto, não é de estranhar que sejam os jovens e os jovens adultos os clientes mais assíduos das lojas online. Na verdade, o público que mais compra faz parte da faixa etária dos 25 aos 34 anos, uma fatia que corresponde aos 59%. Porém, o entusiasmo pelo comércio eletrónico vai diminuindo à medida que avança a idade.

Outro dado interessante diz mesmo respeito à media do que cada internauta português gasta: 90 euros por mês em compras online. Em 2020, prevê-se que o comércio electrónico total (contando com particulares, empresas e Estado) seja superior a 90 mil milhões de euros, ou seja, cerca de metade do PIB nacional.

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Porque não crescem mais as lojas online?

Está tudo dependente do público e da sensação de segurança que sentem relativamente à Internet. A preferência pelas compras em pessoa, receios relacionadas com o pagamento ou com a privacidade, questões sobre a encomenda ou entrega, o facto de preferirem a compra numa loja por motivos de garantia são algumas das razões apontadas por quem não costuma fazer compras em lojas online.

Em Portugal,  ainda existe muito a tradição de se fazer campanhas de desconto em lojas físicas, principalmente no mercado de produtos tecnológicos. Inevitavelmente, este é um dos fenómenos que mais pode prejudicar o comércio eletrónico.

Não é de admirar que, por todo o mundo, o setor dos produtos tecnológicos seja um dos que tem maior peso. Em Portugal, não é excepção à regra. Smartphones, PCs portáteis e televisores estão entre os produtos de tecnologia mais procurados e comprados pelos internautas portugueses.

Outro entrave à utilização de lojas online diz respeito aos portes. Muitas vezes, especialmente se comprarmos em lojas internacionais, os internautas encontram produtos de que gostaram mas, ao procederem para o pagamento e check out, constatam que os portes são de facto muito mais elevados do que o produto e que não compensa. Mesmo existindo algumas alternativas a este problema (como descontos em portes a partir de certo valor gasto ou levantamento de loja), muitos portugueses continuem a optar por simplesmente não usarem lojas online.

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Miguel Silva
Miguel Silva

Ajudo PME, organizações e grandes empresas a otimizar e desenvolver a sua presença na Internet de forma eficaz, com o objetivo de angariar clientes e/ou aumentar as vendas, ao mesmo tempo que constroem a sua reputação online. Por isso fundei o Blog Ecossistema Digital.

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